NATAÇÃO COM MUITAS SUBIDAS

Tínhamos experimentado o mar na quinta-feira e deu para perceber que a coisa não ia ser fácil. Na sexta, o Adamastor fez os "destemidos" veteranos ficar a ver as ondas e pior ficou quando a informação figdigna dos pescadores que no dia seguinte o mar ia estar pior, devido ao vento forte de sudoeste. Assim foi, o vento encapelou o mar e na hora da partida as pernas começaram a fraquejar. Ainda fomos fazer um aquecimento, ultrapassar as primeiras vagas que nos arremessavam de volta para terra e saímos quase aos trambolhões empurrados por ondas que só descansavam quando lambíamos a areia grossa. Esta experiência foi suficiente para que o bom senso do Vieira e fizesse despir o fato; o Augusto, ainda esperou pelo tiro de partida mas saiu com o fato seco. A partir daqui a história conta-se nas pessoas do Paulo, do Henrique e eu próprio, aonde a preocupação em grande parte do percurso não era nadar mas sobreviver. Na verdade, acho que não foi tão mau como aparentava e não saí cansado, mas a progressão era lenta e, como disse nem se pensou em técnicas de natação mas sim em escapar ileso, mas percorrendo o percurso.

O ciclismo correu razoavelmente bem, ainda que tenhamos que progredir muito para fazer uma figura razoável. a corrida foi o meu melhor segmento 22'21", o que dá o média de 4'28"/km, mesmo assim acima do objectivo. No final terminei em 6º em 16 dos V3.

O Melo, por indicação médica não pôde participar mas esteve presente para nos apoiar e servir de treinador substituto ( a táctica foi simples: partir a todo o gás com o tiro de partida e parar imediatamente após a meta, nada mais simples e eficaz ).

Com tanta adversidade, desistiram mais de 90 atletas. Creio que não encontraremos mar em piores condições do que estas, pelo que estamos vacinados. Nestas circunstâncias tivemos uma prestação razoável. É só esperar pela reportagem fotográfica da prova e do circuito gastronómico para mais tarde recordar.

Um abraço