Com a mudança de modalidade que realizei posso dizer que sou hoje um ciclista de pleno direito. Acabada a pretensão de triatleta aderi seriamente ao gosto pelo ciclismo e pelas gentes com quem o partilho. Pessoas de uma amizade verdadeira e correcção de modos, são eles também peregrinos sendo que todos os anos têm o gosto de programar uma peregrinação a Fátima. Este ano foi com todo o prazer que me juntei para irmos a Fátima agradecer.
Cedo arrancamos mais de 20 atletas. Um Colega vê a sua bicla avariar, ainda no Porto, e por aí fica, apesar da insistência para que entrasse no carro de apoio.
Famílias acompanhando o pelotão que rola a grande velocidade. Comparo a viagem de ano passado com esta e lembro dos locais onde passamos em sofrimento. Eramos apenas 7 e um dos quais, o Fernando, ainda não tinha qualquer treino de ciclismo. Ia sentir mais facilidade a rolar neste pelotão. As subidas parecem descer e as rectas, que não tinham fim, acabam logo ali. Rola-se a mais de 35 km/hora. Abre-se um espaço para os mais rápidos, há que recolar e logo alguém assume as despesas e leva consigo os mais lentos. Estamos na Figueira da Foz, parados para almoçar. Pic-nic com as famílias e alegria geral. Os comentários sucedem-se, da minha parte a sensação de satisfação e dúvida. Já tinha chegado à Figueira, até Leiria ainda iria, era plano, e depois de Leiria? Como seria subir a estas velocidades?
Formou-se um pelotão organizado. 2 na frente durante 2km, sendo revezados a seguir por outros 2, descansando no fim do pelotão os primeiros, e assim sucessivamente. Voa-se ao pedal sem cansaços ou excessos. Somos uma Equipa unida pela estrada. Leiria chega logo...Começa a subir, como as diferenças são grandes cada um é livre de dar gás a fundo...vejo-os ir embora e, feliz, meto o meu ritmo mais próprio de veterano, mesmo assim o mais rápido que me é permitido. Vou subindo e gozando a bela estrada para Fátima. Já lá estou...falta a descida para a rotunda...tenho força de sobra para rolar ao meu máximo. O velocimetro marca 60km/hora. Chego orgulhoso e todos saúdam o meu feito. Tinha feito uma bela subida. Famílias e crianças esperam por nós e a minha lá estava. Como uma só família visitamos o Santuário e, da minha parte, agradeci as benções que tenho recebido. Todos lá estavamos...
Como não podia deixar de ser acabamos com um alegre Jantar de confraternização na Mealhada. Afinal os ciclistas precisam de calorias e enquanto não existem barras de leitão, comemo-lo mesmo no prato...
Um dia magnífico.
1 comentário:
Então e as promessas para Aveiro?
Desertor :)
Espero que a gente se volte a encontrar em breve, seja no triatlo ou no ciclismo ou noutra coisa qualquer...
Grande abraço,
Paulo Neves
Enviar um comentário